* Reportagem veiculada no Jornal do Comércio na data de 05/06/2013.
Em pouco mais de dois anos, desde a sua fundação, a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem de Porto Alegre – CBMAE FEDERASUL – está apenas com dois casos em andamento. A expectativa do superintendente André Jobim de Azevedo é de que essa nova modalidade de conflito seja mais bem compreendida pelo mpovo gaúcho. “Para termos um parâmetro, a Câmara do Comércio Brasil-Canadá, demorou 10 anos para ter seu primeiro caso”, conforta-se.”Tínhamos a expectativa de que fosse demorar bastante, mas, para nossa surpresa, 30 dias após o lançamento já estávamos trabalhando no primeiro processo”, comemora. Trata-se de uma disputa comercial no valor de US$ 600 mil, um duelo entre duas empresas, uma nacional e a outra alemã. “Se estivesse no Judiciário, seriam, pelo menos, dez anos de espera”, calcula Azevedo. O segundo envolve quantia em torno de US$ 2 milhões.
Para o superintendente, a explicação para o fraco desempenho da arbitragem e dos meios alternativos de resolução de conflitos no Estado se deve à ausência de informação. “Há uma resistência que é fruto do desconhecimento, pela falta de exposição dos aspectos importantes, mas é preciso fazer um convencimento”, acredita. Por isso, explica, a entidade vem realizando palestras, curstos e visitas aos empresários e escritórios advocatícios. “Estamos disseminando pessoalmente essa cultura de negociação”, garante.
Segundo ele, o Rio Grande do Sul está um pouco atrás nesse entendimento em comparação a São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Os grandes centros recebem infinitamente mais clientes estrangeiros do que o Sul”, justifica.
Aponte a câmera do seu celular para o QRCODE -------->